quarta-feira, 13 de maio de 2015

Diário de estudante: O que tem de diferente na Faculdade Italiana?

 
Faz tempo que coloquei essa tag aqui no Blog, mas não sabia ao certo como eu poderia abordar sobre o assunto. Afinal, eu, como todo calouro, adoro dar informação, mas como somos inocentes, não sabemos de nada... Hahaha
 
Eu sei que a piada está desatualizada, mas o que vale é a intensão não é mesmo? Então para não ficar falando besteira por aí vou contar pra vocês cinco características peculiares que dei de cara quando vim fazer faculdade na Itália.
 
SALAS DE AULAS DE TODOS OS TAMANHOS.
Para alguns de vocês pode ser normal, mas entenda minha situação. Quando eu morava no Brasil, fazia faculdade na Estadual, e como éramos 30 pessoas, em todas as aulas de todas as matérias (deixa eu enfatizar bem isso) eu encontrava aquelas mesmas 30 pessoas, ou seja, aquelas que faziam o mesmo curso que eu. Já na Itália, no meu primeiro dia de aula, me vi diante de uma sala com mais de 300 pessoas e logo pensei: "Não é possível que todo mundo faz civil! Jesus me ajuda!". Isso porque aquela matéria era comum a vários outros cursos, tinha gente de civil, aeroespacial, mecânica, informática e tantos outros.

NÃO EXISTE CURSO NOTURNO
Essa opção não existe. Então você escolhe, em estudar ou estudar! Porém, ha cursos que não exigem frequência obrigatória, o que ajuda muito, pois te permite de ir as aulas quando te interessa o assunto, ou até mesmo de trabalhar. O único detalhe é que não esquecer de comparecer as provas!!
 
AS PROVAS NÃO VALEM  10.
Confesso que até hoje eu tenho um pouco de dificuldade para entender o sistema de provas daqui por mais que cada professor tenha a liberdade de cobrar a sua matéria de como achar melhor. Mas de uma coisa eu sei, é que as provas são na base de 30. Todas as provas que fazemos valem 30, nunca 10. Acredito que seja para facilitar o cálculo, evitando as notas quebradas.

AS PROVAS SÃO ESTILO "BBB".
Sabe o Big Brother Brasil? Durante todo o programa tem provas de resistência, se elege o líder e no final alguém é eliminado. Eu faço uma pequena analogia do programa ao dia da prova, segue uma curta história para ilustrar:

“No dia da prova Giuseppe (como a narração se passa na Itália, cabe fazer uma pequena adaptação em relação ao nome de João) chega cedo como os outros colegas, e aproveita o tempo que tem a revisar os assuntos. Quando chega o professor, ele entrega as provas para todos responderem. Acontece que Giuseppe fez o seu melhor, respondeu o que sabia, passou a limpo na folha de resposta e entregou ao professor”.

A história poderia terminar aqui, dizendo que depois de algum tempo ele recebeu sua nota e tal... Mas o detalhe vem agora, se ele passou naquela prova, ele pode fazer as próximas o que significa que a segunda prova pode ocorre daqui a 10 minutos, ou será uma prova oral daqui há algumas semanas, ou só quando ele der novos assuntos. Caso contrário ele vai esperar o semestre acabar, porque já está “ELIMINADO”. Então imaginem a minha cara quando soube que tinha a segunda prova para fazer no mesmo dia, mas já tinha saído da sala porque achei que já tinha feito tudo?

No primeiro caso, eles falam que as provas são divididas em duas partes que ocorrem no mesmo dia, onde a primeira você tem em média uma hora, e a segunda que é sempre mais bem elaborada, mais de duas horas para desenvolver. O que acontece que é tem uma pausa entre a primeira e a segunda parte, que é o tempo em que o professor corrige. Se você sabe que não foi bem, sai de fininho mas se ficar para segunda parte, com quarenta minutos de prova o professor vai falar no microfone, para todos ouvirem quem de fato passou na primeira fase, convocando os outros que não foram citados a se retirarem. E então você está “ELIMINADO”
 
QUANDO EU ME FORMAR NÃO VOU USAR BECA.
Aqui a tradição é coroar o formando com uma coroa de Louro como no tempo dos Romanos. O louro era uma planta consagrada ao deus Apollo, deus do sol, da musica, da escultura, da pintura e da poesia. Considerado pelos Romanos um símbolo de sabedoria, inteligência e honra, a ele vinha consagrado cada forma de vitória. E por conta disso, a figura mais importante levava um emaranhado de ramos da planta em forma de cora, como um rei. Depois disso, outros personagem portavam a coroa de louro como os poetas e religiosos. E como um formando é símbolo de virtude e sabedoria, cabe a ele a coroa.

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